Existem alguns dias em que a energia se mostra tão presente, tão pungente, que meu corpo não sabe como processá-la. Hoje é um desses dias.
Meu chacra umbilical (plexo solar) tenta me dizer algo por meio de uma sensação incessante, um calor, uma excitação. Meu cardíaco também está mais “acordado” e, se eu fecho os olhos, o meu terceiro olho me traz sempre a mesma imagem: um homem sorrindo despreocupado.
Há algum tempo eu estaria correndo para todos os lados tentando entender, meditando, perguntando, chorando, rezando… Aos poucos meu corpo se acostumou ao sentimento. Foi necessário muito trabalho para fazê-lo entender que ele é amado, mesmo que o amor externo “nunca chegue”. Pois sim, o que eu sinto é uma presença constante de uma energia que se insinua, mas nunca se mostra.
É interessante perceber como algo recebido em canalização do meu Eu Superior e que parece tão distante se concretiza no físico. Não de forma que possa ser “comprovada”, e sim, sentida tão intensamente.
Meu ego, há muito, perdeu a batalha com a Espiritualidade sobre o que é real e o que não é. Eu me dei por vencida e aceito como real tudo que passa pela minha mente, já que nós mesmos manifestamos o nosso mundo e o nosso cérebro não sabe distinguir o que é “real” do que não é, ainda mais quando estamos secretando hormônios ao responder aos estímulos que chegam. Como ele poderia diferenciar o que eu sinto nesse momento entre uma resposta à presença física de alguém ou só à intenção energética, se meu corpo responde à segunda como responderia à primeira? Eu conheço meu corpo, eu sei o que a sensação quer dizer…
Por hoje a energia está assim. Alguém, por aí, pensa em mim e eu capto daqui. Eu queria saber quem é, eu queria ter uma resposta para esse sentimento, mas depois de muita dor, depois de muita meditação e canalização, eu entendo que eu só tenho que sentir. O sentimento veio, e daqui a pouco ele vai. Quando algo externo mexe muito na nossa vibração, é importante olhar e pensar: “Por que eu permito isso? O que eu ainda preciso ver aqui?”
Por aqui eu finalmente vejo uma luz no fim do túnel. Eu finalmente encontrei paz em viver a minha vida só. Assim, se alguém quiser chegar, ele terá espaço e eu saberei que ele não é alguém que veio para me completar, mas alguém que veio para espelhar aquilo que eu sou e me mostrar onde mais eu posso evoluir, por meio do verdadeiro amor.
E não se engane, ninguém nunca está pronto para o amor. A gente precisa se abrir para a experiência, dar o passo e se arriscar, e então, aos poucos, tudo se alinha. Eu, pessoalmente, estou curiosa para saber o que essa pessoa vem me ensinar.
03 de dezembro – 21:38