Descobrindo quem eu sou

Eu sempre me pergunto se eu estou pronta para o que quer que eu precise fazer. A resposta é sempre a mesma: “Você nunca chega pronto ao destino. O destino vai espelhar aquilo que precisa ser visto e aí sim haverá mudança, transformação”.

Eu não sou escritora. Eu nunca escrevi bem. Eu vou aprender aos poucos e do meu jeito a me expressar. Ontem eu ouvi num vídeo do Youtube: “A espiritualidade não precisa da sua melhor versão, do seu ‘e se’. Ela precisa de você como é agora”. E por isso eu estou aqui, eu fui chamada simplesmente a me expressar.

Até pouco tempo eu invejei – sim, eu disse invejei – todos que têm uma paixão, um objetivo. Invejei todos que têm alguma aptidão especial e desejo por aprender algo novo, estar sempre em movimento. Eu não sou assim e só agora sei que está tudo bem. Não existe em mim gana para nada específico e eu não sei se isso é único a mim… Talvez muitos se vejam representados aqui. Há alguns meses, somente, eu recebi em uma canalização um entendimento que mudou a maneira como eu me vejo e me permitiu me libertar das limitações que meu ego estava me impondo. Eu finalmente entendi que minha habilidade está ligada à maneira como eu recebo informações da espiritualidade, do meu Eu Superior e sobre como eu percebo o mundo. Eu tenho uma maneira única de expressar minha criatividade. E é isso que estamos trabalhando aqui.

Se eu sei aonde isso vai me levar? Não, e isso não importa! O importante é expressar o que quer ser expressado. Ninguém faz como eu, minha energia precisa ser colocada no mundo. Alguém pode estar precisando desse exemplo nesse momento.

Eu fiz algumas tentativas “frustradas” de colocar minha verdade no mundo, mas talvez não fosse a hora, talvez não fosse a maneira que melhor funciona para mim. Eu sei que eu me permiti e me arrisquei. Eu me abri para o novo, e com uma certa impulsividade que o fogo me traz, eu me mostrei, eu me permiti ser vulnerável. Tem sido um processo profundo de conhecimento e entendimento e eu sou grata por cada pequeno momento. Mas eu tenho muitos medos, o meu corpo ainda está tentando aceitar essa nova realidade e, junto com o ego, eles parecem me “atrasar”.

Sim, nós podemos estar no nosso processo, mas o corpo e o ego trazem neles um entendimento antigo, crenças que nos foram passadas por gerações e que parecem querer nos forçar a ficar no passado. A verdade é que eles não o querem mal, eles simplesmente entendem que o que é conhecido é seguro (mesmo que limitador) e assim tentam nos manter naquela realidade. E é aqui que entra a importância de se amar, de se ouvir e de se permitir simplesmente ser quem se é naquele momento. É preciso se conhecer para então entrar no processo de dialogar com o ego e com o corpo, fazê-los entender que o processo, embora desafiador, vai ser benéfico para você no futuro. Abraçá-los e mostrar que mudar é seguro e que você estará ali consciente, ouvindo o que eles querem expressar durante o processo.

Bom, creio que, com o tempo, eu falarei mais sobre como, aos poucos, com muita paciência, amor e aceitação, eu tenho conseguido entender quem eu sou e trazer o ego no meu processo, em vez de vê-lo como vilão. É importante lembrar que o ego é a nossa representação aqui na encarnação e sem ele não existimos. Por que temê-lo? Ele precisa vir conosco. O processo é longo, intimidador, muitas vezes desmotivador, mas, uma vez que ele começa, não há como voltar, mesmo que você queira. Não é possível desver o que foi visto, desaprender o que foi aprendido. E por que eu iria querer isso?

Despertar não é simples para o corpo, para o ego. É um processo simples de ser entendido, mas não de ser aplicado. Ao menos isso é o que eu sinto. E eu espero que isso sirva de consolo se você acha que não sai do lugar, pois eu estou aqui consigo nesse processo e eu penso e sinto o mesmo frequentemente. Mas eu não quero voltar, eu só quero poder seguir em frente e creio que, para mim, parte do processo inclui compartilhar com quem achar esse blog a minha verdade.

E por hoje é só. ✨✨✨

01 de dezembro – 18h10

Deixe um comentário

quinze + quatro =